19/10/2009

Mudou para melhor?

Por Bruna Leite

Desde terça-feira (13/10), as delegacias paulistanas adotaram um novo método de atendimento – já denominado autoatendimento ou pré-atendimento - onde o cidadão, ele mesmo, cuida de realizar sua ocorrência, por meio de terminais disponibilizados em delegacias espalhadas pela cidade.
Dentre os benefícios, além da evidente rapidez, o delegado Marco Antonio de Sousa Santos, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), destaca que por meio do novo método a Polícia Civil poderá voltar a se ater à principal atividade da corporação, qual seja, a de investigação.
Tal qual concebido, o novo sistema vem beneficiar tanto à população quanto à Polícia, uma vez que o foco do novo sistema é o registro de ocorrências de menor risco, que não demandem, necessariamente, o envolvimento de um policial, onde o próprio indivíduo possa registrar o ocorrido.
Contudo (ou até infelizmente) a experiência prática não se aproximou do sucesso previsto na teoria. Logo no dia seguinte à implantação, teve-se notícia que apenas uma, das nove delegacias incluídas no novo atendimento, contavam com o equipamento necessário para tanto. Além disso, muitos dos policias de plantão sequer tinham informação ou instrução acerca do sistema.
Se implantada e executada de forma correta, inegavelmente a medida otimizará o serviço da Polícia, melhorando o atual quadro de atendimentos. No entanto, em quase uma semana do novo sistema, ainda não é possível tirar qualquer conclusão sobre esse novo sistema, já que a tão conhecida deficiência de infraestrutura fez-se presente, limitando sobremaneira sua execução.
Por ora, é preferível não tecer qualquer comentário sobre a efetividade do sistema, já que se deve aguardar a implantação de fato, em todas as delegacias previstas no planto discutido no Conseg. Superada a limitação de infraestrutra, aí sim, poderar-se-á falar em análise crítica do novo sistema, já que até aqui, restam tão-somente críticas sobre ele.

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