Marta Suplicy passou dos limites. Se foi ela ou seu marketeiro, João Santana, a questão (no caso, a gafe) é a mesma. Ao perguntar se Gilberto Kassab é casado e tem filhos, a petista levantou um boato até então abafado pela mídia e pelos políticos: a sexualidade do candidato do DEM.
Para o nível da discussão da campanha chegar neste nível, fica evidente que as propostas dos candidatos deram lugar à vida pessoal. Claro que a vida de um político é pública. Porém o limite entre público e privado é tênue. Expor no finalzinho do segundo tempo da campanha que Kassab pode ser homossexual é jogar sujo.
Como eleitores, temos o direito de saber a orientação sexual do candidato. A Marta já se expôs bastante quando se separou de Suplicy para ficar com Luís Favre. Mas que fique claro que ela escolheu esse caminho. Se Kassab quer se preservar, ele tem esse direito. Uma revelação dessas numa hora dessas pode mudar alguns rumos.
Tem eleitor que pode ficar desconfiado e não votar no Kassab. Tem eleitor que pode se decepcionar com o nível em que Marta chegou. Eu me encaixo no segundo grupo.
14/10/2008
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2 comentários:
Só um anexo:
esse golpe abaixo da cintura rendeu ao Kassab mais um tempinho na mídia. O TSE concedeu esse minuto a mais (acho que era um minuto, pelo menos nas mídias radiofônicas) por considerar a manobra publicitária ofensiva.
Pois é, depois de tomar vários cala-bocas do Boris Casoy no debate, a Marta ainda toma um do TSE.
Parece que ela ficou desesperada ao ver as pesquisas e conmeçou a atirar para todo lado. O que me dá medo na Marta é que ela não demonstra ter muito equilíbrio e auto-controle.
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