Na literatura:
Publicado em 1947, o romance A Peste, de Albert Camus, traz uma reflexão sobre a vida (e, consequentemente, a morte). A história é basicamente esta: na cidade de Oran, na Argélia, a vida é monótona e as pessoas vivem simplesmente da repetição do cotidiano. Até que, como o próprio título do livro diz, a peste bubônica* se instala na cidade. Ratos por todos os lados, muitas mortes, pânico geral. A dor, o medo e a solidão gerados pela doença podem resgatar sentimentos até então anestesiados pelo dia-a-dia, como solidariedade, amor e compaixão. Mesmo assim, as ações preventivas parecem não frear a doença. Um mundo antes marcado pela racionalidade e ordem se transforma no caos completo.
* Peste negra, ou bubônica, assolou a Europa durante o século XIV e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas.
Na realidade:
O mundo está em alerta. No México, mais de 110 pessoas já morreram por causa da gripe suína. Casos suspeitos passam de 2 mil. Nos EUA e Europa a tensão aumenta. Até mesmo no Brasil um homem está em observação por apresentar os principais sintomas da doença. "Estamos vendo que o vírus está se expandindo geograficamente", disse Gregory Hartl, porta-voz da Organização Mundial da Saúde.
Um comentário:
Sem contar que agora nosso intrépido líder está assinando um acordo com a China em que, para cada tonelada de boi que o Brasil exportar, a china mandará 3 de frango e uma de porco. Detalhe: tais remessas chinesas não passarão pela Agência de saúde brasileira.
(Alguém se lembra onde a gripe aviária começou?)
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