30/05/2008

As pérolas da semana


“Eu não sou célula-tronco, mas estou congelando aqui”
Cármen Lúcia Rocha, ministra do STF, em julgamento sobre pesquisas com células-tronco, reclamando do ar-condicionado da sessão

“‘Renúncia de quê? Não devo nada’”
Paulinho da Força, na véspera de ser tornar alvo de processo de cassação, afirmando ser vítima de perseguição política

“Cachorro que não tem pulga, ou já teve ou um dia vai ter”
Sérgio Moraes, novo presidente do Conselho de Ética da Câmara, usando um ditado popular para justificar as três ações penais que responde no STF

“O governo está querendo terceirizar a maldade”
Neucimar Fraga, deputado, protestando contra o a nova CPMF, rebatizada de Contribuição Social para a Saúde

“Se eu o defendesse (Barack Obama), faria um enorme favor a seus adversários”
Fidel Castro, ex-presidente cubano, em artigo publicado no jornal Granma, ao
dizer que não apoia o pré-candidato presidencial americano, apesar de fazer alguns elogios ao senador

“Chegar virgem ao casamento? Não, nem se eu fosse Kaká”
Alexandre Pato, atacante brasileiro, admitindo que, mesmo evangélico, não chegará virgem ao casamento como seu companheiro do Milan

“Eu acho ótimo ter negro rico em novela”
Taís Araújo, atriz, durante festa de lançamento da nova novela das oito “A Favorita”, ao afirmar que afrodescendentes merecem destaque nos folhetins

29/05/2008

Falando em blog...


Tenho uma super dica para quem gosta de acessar blogs ou para aqueles que adoram uma notícia mais apimentadinha. Acho genial a combinação entre o humor e os fatos do dia-a-dia. Mas é difícil encontrar um jornalistas que faça isso de uma forma leve e descontraída.

Um deles, sem dúvida, é o Tutty. Posso até ser meio suspeita para falar, afinal ele tem uma coluna no jornal em que eu trabalho. Mas foi o Tutty que me fez acreditar que ainda é possível fazer piadas com as notícias sem que isso seja simplesmente "uma chatice".

Ele escreve todos os dias nesse blog: http://blog.estadao.com.br/blog/tutty/

E de terça a sábado está no caderno Metrópole, do Estadão. Aos domingos marca presença na minha querida página do Aliás. Vale a pena conferir!

28/05/2008

Muitas fotos, todas boas

World Press Photo é a maior e mais prestigiada premiação de fotografia do mundo. Neste ano, 5.019 fotógrafos de 125 países inscreveram um total de 80.536 imagens na competição. Elas foram julgadas em Amsterdã, em fevereiro. Depois da cerimônia, as 185 fotos vencedoras são reunidas em uma exposição itinerante que está atualmente em São Paulo, mais precisamente no Sesc Pompéia.

Por que vale a pena ir?

- O fotojornalismo não deve ser valorizado somente na grande imprensa. Os fotografos são realmente incríveis e fazem um trabalho extraordinário. Nesse caso, o velho clichê pode ser usado sem nenhum problema: uma imagem vale mais do que mil palavras.

- Apesar de a escolha editorial ser focada em guerras – o que de certa forma acaba chocando o visitante -, as imagens nos aproximam de uma realidade que existe e que pouco conhecemos. Há muitos bolsões de guerras no mundo, principalmente no Oriente Médio e na África.

- É por isso que é importante estar preparado para encontra fotos chocantes. Cenas que muitas vezes não vemos nas capas dos jornais foram fotografadas e causam impacto em qualquer um.

- Toda vez que vou a um Sesc me sinto muito bem. O Sesc Pompéia parece uma vila e é um ambiente extremamente agradável. É difícil encontrar um espaço bacana, que valorize a cultura e que não tenha praticamente nenhum custo ao visitante. (A exposição, por exemplo, é gratuíta).

* Não escolhi a foto vencedora para colocar aqui. Só pra constar: é de um soldado americano, exausto, no Afeganistão. Fiz uma escolha diferente e que incita uma discussão super importante. Essa foto é de um casal gay que aguarda atendimento porque um deles foi gravemente ferido. Mesmo após a Parada Gay e a susposta quebra de tabu na nossa sociedade quando o assunto é o homossexualismo, temos que lidar com esse tipo de comportamento preconceituoso. Eu me pergunto: até quando vai ser assim?

27/05/2008

Mas afinal, o que é a felicidade?

Dirigido e produzido por Sean Penn, “Na natureza selvagem” é um filme baseado em uma história real de um jovem que resolveu largar tudo para viver no Alasca. Penn, que levou cerca de 10 anos para finalizar o roteiro - transformando um livro nesse filme-, se saiu bem no desafio e produziu um filme tocante e muito inteligente.

O filme conta a história do jovem Christopher McCandless que, recém-formado no início dos anos 90, decide mudar o rumo de sua vida. Ele se desfaz do carro, doa a poupança para uma instituição de caridade, destrói seus documentos e põe fogo em todo o dinheiro que tinha na carteira. É assim que Chris assume uma nova identidade, aquela que ele tanto sonhou em algum dia ter.

Ele deixa para trás uma família que estava em crise e a sua querida irmã caçula para viver em contato com a natureza. Sim, isso pode parecer uma idéia absurda, mas o protagonista está convicto de que pode ser feliz somente com a natureza. Chris não dá mais notícias para os familiares e segue pelos EUA, vivendo da solidariedade daqueles que cruzam seu caminho e quebrando alguns galhos para sobreviver. Seu objetivo maior é viver ao Alasca. Porém, para isso, ele faz uma espécie de “treinamento” em seu país para saber se virar sozinho nas terríveis condições climáticas do Alasca.

Durante esse período, pessoas interessantíssimas cruzam seu caminho. Ele passa por experiências inesquecíveis na primeira parte de seu trajeto. Ao se sentir preparado, Chris parte esperançoso para o Alasca. Quando chega lá, o aventureiro encontra um ônibus abandonado que se transforma em uma espécie de casa. A partir de então, com uma casa e lugar “seguro” para viver, o protagonista desfruta de paisagens maravilhosas e de uma solidão que tanto desejou.

O verão acaba. O inverno chega. Chris, sempre muito organizado, sabe que seu estoque de comida acabaria no início da próxima primavera – e planeja voltar para casa justamente nesse momento. As dificuldades começam a aparecer, principalmente quando ele percebe que vai ter de permanecer por mais um inverno no Alasca.

A falta do que comer, o frio incalculável e a fraqueza física e mental de Chris fazem com que ele perceba que errou ao pensar que a felicidade só faria sentido na completa solidão.

É aí que o filme se torna genial. Além de abordar a força da natureza perante o homem (e a impotência humana perante ela), a felicidade entra como um dos pilares da discussão. Será que Chris alcançou o queria? Ou será que a verdadeira felicidade é estar na companhia de pessoas queridas?

No final das contas, o protagonista conseguiu o que mais desejava: viver no Alasca. Mas o saldo dessa experiência poderia ser muito mais positivo. Ele mesmo diz, em seus momentos finais, uma grande verdade:

“You can only find true happiness when shared”.

E o filme não acaba por aí.

Para começar

Toda escrivaninha é uma bagunça. Pelo menos a minha sempre está de cabeça para baixo. São papéis velhos, jornais, ingressos de teatro, revistas, entradas de cinema, cartões de restaurantes, livros que pretendo ler, cds, dvds, post-its me lembrando daquilo que não posso esquecer. Enfim, é uma bagunça. E é geralmente nessa confusão que tenho algumas idéias. Uma delas foi transformar a minha escrivaninha nesse blog. Assim, não só começo a organizá-la, mas também tenho um espaço para falar daquilo que fiz e indico, que gosto e faço sempre ou do que penso em fazer, mas ainda não tive oportunidade.

É claro que não vou dar só dicas – até porque isso seria uma baita pretensão da minha parte. Mas também selecionarei textos bacanas, vídeos engraçados e coisas que vejo por aí e que, por um motivo qualquer, ficaram na minha escrivaninha.

Sintam-se à vontade para participar. Quem quiser mandar algum material, dar sugestões ou até mesmo dizer o que pensa, minhaescrivaninha é o espaço.

Espero que gostem. Eu já estou me divertindo. Vamos ver no esse blog que vai dar!

É isso aí! Até mais!