15/09/2008

Um brinde ao trio!


Antes de mais nada: este texto foi escrito por uma fã de cinema nacional.

Linha de Passe, Cegueira e Estômago são filmes imperdíveis. Os três.


Antes mesmo de sua estréia nacional, Linha de Passe era sinônimo de sucesso. Para Walter Salles, que já fez Central do Brasil, Abril Despedaçado e Diários de Motocicleta, a continuação de sua carreira não poderia ser muito diferente. Linha de Passe representa. É um belo soco no estômago. Mas é bom, aliás, por ser um soco é que podemos considerá-lo bom. A trama, essencialmente paulistana, tem duas vertentes: o futebol e a religião. E tudo isso só ganha corpo quando a atuação é bacana. Os atores Vinicius de Oliveira e a vencedora da Palma de Ouro de Cannes, Sandra Corveloni, também representam. Mas o destaque vai para o pequeno Kaique de Jesus Santos, que interpreta o Reginaldo.

Cegueira
é um espetáculo. Livro excelente de Saramago - O Ensaio sobre a Cegueira - é adaptado (e muito bem, por sinal) para o cinema. Claro que filme não substitui livro. Mas Fernando Meirelles mostrou que se não substitui, pelo menos não deixa muito a desejar. Efeitos de cor e luz são fantásticos e Julianne Moore dá um show como a mulher do médico.


Para finalizar e não menos importante, eis que conto como uma surpresa acontece. Sabe aquele filme que você vai assistir sem a menor expectativa? Pois foi assim que fui ao cinema ver Estômago. Me surpreendi e foi uma surpresa das boas. Me deliciei com a história que tem como base o poder de transformação da comida. Saindo da trama básica do cinema brasileiro – pobreza, violência -, o diretor João Miguel dá a Raimundo, o protagonista da história, uma bela dose de humor e faz um filme bem amarradinho.

Um comentário:

Unknown disse...

Vou comentar Cegueira, que por sinal assisti com vc.
Luvro não substitui filme mesmo e nem é essa a inteção (a não ser para os preguiços). A gente se relaciona de um jeito diferente com livros e cinema.
O livro é mais forte, até porque passamos mais tempo com ele.
O filme não tem como ser tão intenso, apesar das imagens que chocam.
Eu achei o filme ótimo.
Sempre que assisto um filme que é a adaptação de um livro saio do cinema pensando que o filme poderia ser diferente, que alguma passagem muito importante do livro não estava lá e etc... Mas em Cegueria isso não aconteceu.
A única coisa que pensei foi queninguém conseguiria fazer esse filme melhor do que já está feito!

Beijos