16/09/2009

O que pensa Marina Silva sobre economia internacional?

Por Thomas Humpert

Em se tratando de política, o fato mais relevante é, sem dúvida, a ascensão de Marina Silva nas pesquisas eleitorais. Na última pesquisa divulgada pelo CNT/Sensus Marina tem 5% das intenções de voto. O percentual é insignificante diante dos 40% de Serra. Porém, o que chama a atenção não é a força de nossa seringueira nas pesquisas, mas sim a quantidade de pessoas dispostas a elegê-la presidente sem a menor informação a respeito de que tipo de políticas seguirá.
A questão aqui não é ideológica. Nem poderia – Marina Silva ainda não se assumiu candidata e obviamente ainda não tem plano de governo. A questão importante é a incipiência do modelo democrático brasileiro. Restituída a democracia, passaram-se cinco eleições diretas e o voto do brasileiro ainda é personalista, baseado no carisma do candidato.
O presidente que assumir o posto em 2010 terá em suas mãos o que pode ser a última chance de tornar o Brasil um país desenvolvido. Os entraves históricos ao crescimento brasileiro – infra-estrutura, reformas fiscal e tributária e educação – devem ser sanados na velocidade que os outros países em desenvolvimento, capitaneados por China e Índia, exigem.
Ao que parece, 5% de todos os votantes estão dispostos a doar esse voto a uma pessoa cujo plano de governo é totalmente desconhecido. A questão ambiental é importante. Mas o que pensa Marina Silva sobre economia internacional? O que pensa Marina Silva sobre segurança nacional, sobre política monetária, política fiscal, educação, política tributária, política cambial, sobre relações exteriores? Quem serão seus ministros, e seus parceiros políticos? Ao que parece, para 5% dos brasileiros esses aspectos não são importantes.

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