13/11/2009

Quase o fim do mundo

O apagão da última terça-feira deixou os brasileiros em pânico. É evidente que uma situação dessas assusta as pessoas, principalmente quando nos damos conta de que não vivemos sem energia elétrica em hipótese nenhuma. Isso sem contar o baixo estoque de velas que possuímos em casa. Muita gente teve que se virar com a mais nova invenção que pode substituir as velas: a luz do celular. Passando o primeiro momento de pânico, veio o comportamento infantil das pessoas. Vi gente gritando, andando de um lado para o outro, ligando para a família e quase se despedindo. Parecia o fim do mundo. E não era. Foi um apagão.
Claro que as implicações políticas e econômicas do episódio não podem ser deixadas de lado. Foi um incidente sério. Mas se toda tragédia é uma comédia, vale ressaltar a cobertura televisiva do apagão. Assistindo Ana Maria Braga na manhã de quarta-feira (fique claro que não assisto sempre o programa), um dos convidados – acredito que um especialista em distribuição de energia -, veio dizer que o apagão tinha sido um boicote do MST. Brincadeira, né? Agora o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico afirmou que o blecaute foi causado por três raios simultâneos. Cada coisa... viu?
Enquanto isso fico com imagens deprimentes de quando eu voltava para casa, na terça-feira, e vi pessoas correndo na rua e urinando no espaço público. Dia 10 de novembro de 2009 foi quase o fim do mundo.

07/11/2009

Retrato dos EUA

Dois tiroteios em menos de três dias.

Uma confusão das boas


O cantor e compositor Caetano Veloso chamou o presidente Lula de "analfabeto" e "cafona" numa entrevista concedida ao Estadão. Aí começou um bafafá daqueles. Tinha artista defendendo Caetano, tinha político defendendo o Lula. O presidente, é claro, retrucou: “"É muito engraçado porque tem gente que acha que a inteligência está ligada à quantidade de anos de escolaridade que você tem. Não tem nada mais burro que isso".


No mix de frases bombásticas, Caetano falou de Dilma Rousseff, Marina Silva e José Serra.

Pronto, confusão iniciada. Vamos ver quando o assunto vai se esgotar. Acho que não acaba tão cedo...


19/10/2009

Mudou para melhor?

Por Bruna Leite

Desde terça-feira (13/10), as delegacias paulistanas adotaram um novo método de atendimento – já denominado autoatendimento ou pré-atendimento - onde o cidadão, ele mesmo, cuida de realizar sua ocorrência, por meio de terminais disponibilizados em delegacias espalhadas pela cidade.
Dentre os benefícios, além da evidente rapidez, o delegado Marco Antonio de Sousa Santos, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), destaca que por meio do novo método a Polícia Civil poderá voltar a se ater à principal atividade da corporação, qual seja, a de investigação.
Tal qual concebido, o novo sistema vem beneficiar tanto à população quanto à Polícia, uma vez que o foco do novo sistema é o registro de ocorrências de menor risco, que não demandem, necessariamente, o envolvimento de um policial, onde o próprio indivíduo possa registrar o ocorrido.
Contudo (ou até infelizmente) a experiência prática não se aproximou do sucesso previsto na teoria. Logo no dia seguinte à implantação, teve-se notícia que apenas uma, das nove delegacias incluídas no novo atendimento, contavam com o equipamento necessário para tanto. Além disso, muitos dos policias de plantão sequer tinham informação ou instrução acerca do sistema.
Se implantada e executada de forma correta, inegavelmente a medida otimizará o serviço da Polícia, melhorando o atual quadro de atendimentos. No entanto, em quase uma semana do novo sistema, ainda não é possível tirar qualquer conclusão sobre esse novo sistema, já que a tão conhecida deficiência de infraestrutura fez-se presente, limitando sobremaneira sua execução.
Por ora, é preferível não tecer qualquer comentário sobre a efetividade do sistema, já que se deve aguardar a implantação de fato, em todas as delegacias previstas no planto discutido no Conseg. Superada a limitação de infraestrutra, aí sim, poderar-se-á falar em análise crítica do novo sistema, já que até aqui, restam tão-somente críticas sobre ele.

E tudo não passou de uma pegadinha...


Para aqueles que acompanharam a saga do balão prateado na última semana - que voava desgovernado pelo céu dos Estados Unidos supostamente com um garotinho de 6 anos dentro - , eis que uma notícia chocante: é quase certo que o ocorrido foi um golpe de publicidade tramado por Richard Heene, pai do garotinho Falcon. Ainda não foi confirmada a fraude, mas a polícia coletou algumas evidências importantes do caso. Para começar, Richard trocou e-mails há alguns meses com um sócio tramando o incidente do balão. A família Heene negociava a participação num reality show. Logo, um episódio bombástico daria uma mãozinha no casting. Até os outros filhos do casal sabiam da farsa.

A polícia americana está atrás de mais provas para poder denunciar Richard Heene. Agora cá entre nós: é muita viagem desconfiar que um garotinho sentou num balão que estava no jardim e acidentalmente saiu voando por aí. Né não?

06/10/2009

O que você acha dos Jogos Olímpicos no Rio em 2016?



Acredito que o esporte pode unir

"Pensei muito no que escrever a respeito da Olimpíada. Poderia falar da questão econômica, de organização, e muitos outros fatores que sediar os Jogos implicam. Mas como não sou especialista nesses assuntos, resolvi escrever o que sinto com a vinda das Olimpíadas para o Rio. Para ser sincera, nunca me empolguei muito com o tema. Lembrei até de como fiquei frustrada quando há alguns anos houve uma votação pra decidir se o Brasil candidataria São Paulo ou Rio para sede. Eu, obviamente, torci para São Paulo, apesar de saber do apelo turistico do Rio. Os cariocas levaram a disputa e eu nunca mais pensei nesse assunto. Até semana passada...
No começo da semana não estava torcendo para o Rio. Mas pouco a pouco a empolgação de várias pessoas próximas a mim e também a mídia só falando disso, da disputa com Chicago, os atletas chegando na Dinamarca, todo mundo torcendo. Quando vi, já era sexta-feira e eu estava desesperada para sair logo o resultado e o Rio ganhar.
Comecei a lembrar da emoção de ver a abertura dos Jogos Olímpicos, as madrugadas empolgada assistindo aos jogos, principalmente de vôlei, de como fiquei arrepiada com a vibração do César Cielo ao ganhar a medalha de ouro, dos amigos reunidos em casa vendo as competições e tantas outras sensações que essas recordações me trouxeram.
É até brega dizer isso, mas eu realmente acredito que o esporte pode unir. Será que o Brasil sendo sede da Copa e logo depois da Olimpíada não pode nos dar uma chance de resgatar um pouco o amor pela nação e a vontade mesmo de tornar o país melhor, de poder realmente ter orgulho de ser brasileiro. Tudo isso pode parecer bastante utópico e até brega, mas quero ser otimista.
Para aqueles que pensam no gasto com a Olimpíada e que o dinheiro poderia ser investido em educação, saúde, segurança, tantas outras coisas que o nosso país carece, concordo plenamente. Mas para sediar a Copa e os Jogos Olímpicos também é preciso estar com essas áreas funcionando bem. Talvez essa seja uma oportunidade de criarmos um projeto para o país, mas que não pode ser esquecido em 2016, quando os Jogos acabarem."

Marília Lopes

Será que realmente é vantajoso, em termos econômicos e sociais, gastar quase R$30 bilhões?

"Confesso que nunca fui muito chegado na idéia de se realizar uma Olimpíada no Brasil. Não porque não acredito na capacidade de nossos governantes, e na iniciativa privada. Temos ótimos gestores, capazes de organizar uma olimpíada à altura dos países de primeiro mundo. Outra polêmica, a corrupção, é fato que aqui no Brasil ela impera. Entretanto não é só aqui que ocorre: Chicago, por exemplo, teve 2 de seus 3 últimos governadores afastados do cargo por estarem envolvidos com corrupção. Isso tem que mudar, com certeza, e essa Olimpíada pode ser uma ótima oportunidade para que o país como um todo melhore nesse quesito. Meu pé atrás não se refere nem à capacidade de realizar o evento, e nem ao fato de possivelmente – ou melhor, provavelmente – haver desvio de dinheiro. A questão é: será que realmente é vantajoso, em termos econômicos e sociais, gastar quase R$30 bilhões? Esse dinheiro não poderia ser aplicado em outras áreas?
Apesar de não ser economista, e pouco entender do assunto, fica evidente que essa cifra assusta. Para se ter uma idéia, o governo vai gastar com educação, neste ano, certa de R$10 bilhões; com a saúde, cerca de R$45 bilhões. Seria, então, o mesmo que três anos de investimentos e custeio em educação, e 8 meses em saúde.
Mas a escolha já está feita. Não adianta nada ir contra agora; a hora de reclamar já passou. Cabe a todos, portanto, o papel de fiscalizar, para que não haja desvio de dinheiro público e, para quem gosta, curtir essa tão sonhada Olimpíada."

Gonçalo Xavier

O que foi feito para o COI se encantar com a cidade? Um vídeo de Fernando Meirelles

"Gostaria de ser mais patriota para estar animadíssima com a Olimpíada no Rio em 2016. Agora que o Brasil encabeçou essa vitória, não adianta mais pensar se conseguimos ou não arcar com uma responsabilidade tão grande. Prefiro analisar como chegamos lá. O que foi feito para os juízes do COI se encantarem com a cidade?
A resposta é simples: um vídeo do cineasta Fernando Meirelles. São três minutos de ilusão que foram vendidos ao COI. Nada de pobreza, nada de favela. O que se vê são cortes curtos e fechados para que ninguém desconfie da segurança e estabilidade. O vídeo é escuro. Não senti em nenhum momento a energia carioca – entenda-se a animação da cidade. Jardim Botânico, Teatro Municipal, Cristo Redentor e um restinho de praia foram os cenários escolhidos. Tudo bem, é uma escolha razoável. Ainda bem não colocamos duas mulatas sambando. Mesmo assim Meirelles poderia ter trazido mais elementos da realidade carioca. Talvez isso não garantisse a vitória do Rio. Mas pelo menos não estaríamos correndo risco de passar vergonha em 2016."

Bruna Rodrigues


25/09/2009

O achismo impregna e emburrece


Por Gonçalo Xavier

Muita gente emite opiniões sem qualquer conhecimento de causa. Solidificam teses baseadas em indícios, e às vezes nem isso, amparadas em meras suposições, sem qualquer comprometimento com a veracidade. Investigar é, ou pelo menos deve ser, o caminho a ser perseguido por aquele que passa um conhecimento e uma idéia sobre determinada realidade fática. No direito, tanto na esfera cível ou penal, ninguém é considerado culpado antes que sejam investigados os fatos, de maneira criteriosa e isenta, e seja dada oportunidade de recorrer das decisões.
Falo isso porque recentemente li e ouvi opiniões contrárias à indicação de Antonio Dias Toffoli, Advogado-Geral da União, à vaga de ministro do STF, amparadas em meros achismos, sem qualquer fundamentação argumentativa. Basicamente criticam a indicação por dois motivos: (1) ele não possui títulos acadêmicos e não passou em concurso pra Magistratura; (2) ele foi “condenado” em duas ações civis públicas.
Com o perdão da sinceridade, ser doutor não é e nunca foi pré-requisito para exercer o cargo de Ministro do Supremo, e nem mesmo é sinônimo de notório saber jurídico. Alguém pode muito bem ser Doutor em Direito Civil, e pouco saber de Direito Penal, ou mesmo Constitucional; e quanto ao fato de ter sido reprovado em concurso público há 20 anos, esse próprio lapso temporal fala por si só. Ser condenado em primeira instância não significa condenação judicial definitiva, devido ao princípio do duplo grau de jurisdição – ou seja, ele tem direito a recorrer da decisão proferida.
Agora tem uma das críticas que, por razões meramente discursivas, não mencionei acima, preferi deixar para o final: o fato de ele ter sido advogado do PT. A não-filiação partidária, anterior à indicação, não pode ser, a priori, conditio si ne qua non ao exercício da função jurisdicional. Entretanto, deixa, evidentemente, aquela dúvida nas pessoas: por que ele foi escolhido? Por ser do PT, e amigo do Presidente? Será que outros não eram tão ou mais capazes que ele para exercer o posto de maior importância do poder Judiciário? De fato, talvez não fosse ele o melhor nome, comparado com outros, como Luis Roberto Barroso e o ex procurador-geral da República Antonio Fernando Souza.
O achismo da mídia, impregnado em seus discursos, e o espalhafato da oposição, emburrecedor, nos leva a essa discussão quase que sem sentido, e afasta do debate outra muito mais relevante: será que não devemos refletir sobre esse modelo de escolha dos ministros? Até que ponto é coerente com o Estado Democrático de Direito, com a separação dos poderes, que essa escolha seja feita exclusivamente pelo Chefe do Executivo? Será que não está na hora de repensarmos isso? Afinal, nem sempre o que move o Executivo é o interesse público, mas sim, em muitas vezes, interesses políticos, que existem porque são inerentes à própria essência desse poder. Enfim, creio que devemos repensar esse modelo!

21/09/2009

O inferno astral do inverno austral, por Tutty Vasques

Publico aqui texto de Tutty Vasques da coluna Ambulatório da Notícia do último domingo. A coluna sai semanalmente no caderno Aliás do 'Estadão'.

Simplesmente incrível.

O inferno astral do inverno austral

Não foi um inverno como outro qualquer esse que termina na próxima quarta-feira, 23, se é que vai haver equinócio de primavera este ano no hemisfério sul. Mais que as maluquices climáticas que fizeram encher os rios e secar o ar, cair a temperatura e, de repente, parecer verão, a estação iniciada em 21 de junho passou para o brasileiro a sensação de que há décadas não acontecia tanta coisa e nada ao mesmo tempo. Retrospectivas de inverno não são muito comuns, mas 2009 merece, tantos foram os fatos irrelevantes que marcaram o noticiário dos últimos três meses.
Da lipoaspiração na barriga de Ronaldo Fenômeno ao marco regulatório do pré-sal, do desaparecimento de Belchior ao encontro secreto de Dilma Roussef e Lina Vieira, da asfixia autoerótica de David Carradine à volta de José Mayer ao papel de galã nas novelas da Globo, tudo ocorreu muito rápido, praticamente entre a morte e o enterro de Michael Jackson, sem que a imprensa desse conta sequer de acompanhar o féretro sem perder o corpo de vista.
O inverno austral marcou, em particular, o inferno astral de Romário, Robson Caetano e Acelino Popó Freitas, ídolos do esporte que suaram a camisa dando explicações em delegacias do Rio e de Salvador. Nada que tirasse de Nelsinho Piquet e sua patética história na Fórmula 1 o lugar mais alto do noticiário esportivo da temporada. As cadeias de São Paulo também ganharam um brilho especial com as presenças ilustres da empresária Tânia Bulhões e do fantástico Dr. Roger Abdelmassih, que, sem nenhum favor, dividiu com o médico de Michael Jackson a fama de vilão da estação. O ex-cirurgião Hosmany Ramos também foi preso na Islândia, mas esse já não gozava de qualquer reputação em matéria de medicina.
Mas nem tudo que deu errado neste inverno foi caso de polícia! O jogador Alexandre Pato, por exemplo, casou e perdeu a vaga na Seleção. O veterano Denílson passou 45 minutos atuando no futebol do Vietnã, tempo suficiente para decidir voltar ao Brasil e pendurar as chuteiras. Saber a hora de parar foi o que faltou a Galvão Bueno nas sessões de bronzeamento artificial. O locutor chega ao fim da estação mais queimado que o inglês de Joel Santana na Copa das Confederações, ainda que nada nesse meio de ano tenha torrado mais a paciência do torcedor brasileiro que as vuvuzelas sul-africanas. Em contrapartida, Felipe Massa, Rubinho e Dunga chegam sãos e salvos ao final da temporada.
No time que entrou numa fria, a mulher do senador Arthur Virgílio precisou vender bens para pagar a dívida de seu marido com os cofres públicos. Moralmente, o grande derrotado no Congresso foi Aloizio Mercadante, que, no entanto, não precisou meter a mão no bolso para revogar o irrevogável. Não que isso seja grave num país em que, como disse Paulo Duque, presidente do Conselho de Ética, “Pero Vaz de Caminha pediu emprego para um primo”, muito antes do advento da família Sarney.
No Senado, quase ninguém se salvou entre a cirurgia de redução do estômago de Heráclito Fortes e a operação de extração do apêndice de Pedro Simon, apesar da performance de Eduardo Suplicy, que deu cartão vermelho para o presidente da Casa e trocou Bob Dylan por Cat Stevens em seu repertório parlamentar. Em compensação, Fernando Collor virou imortal em Alagoas com a frase “engula, digira e jogue no ventilador!” Não à toa, os pizzaiolos sentiram-se ofendidos com a comparação que Lula fez do ofício gastronômico com a atividade parlamentar.
No mais, José Dirceu passou férias na Disney; MV Bill e Delfim Netto pediram juntos demissão do conselho curador da TV Brasil; Felipão encontrou sua turma nos Uzbequistão; Caetano levantou um troco pela Lei Rouanet; a modelo Kate Moss jogou o laptop de seu namorado na piscina; Mangabeira Unger deu no pé; José Serra encarou um guisado de bode em Exu (PE); Lula não saiu em defesa do Bispo Macedo; Heloísa Helena chamou uma colega vereadora em Maceió de “porca trapaceira”; Diego Hypolito ganhou uma namorada de ouro; José Saramago fechou seu blog; Xuxa rompeu com o Twitter e o galã George Clooney disse à revista People que prefere exame de próstata a entrar no Facebook; só Hélio dos Anjos, técnico do Goiás, assumidamente, não trabalha com homossexual.
Isso tudo quer dizer o seguinte:
O inverno foi muito mais rigoroso na Argentina. Vamos lá, sorria: quarta-feira começa a primavera! Quer mais o quê, caramba?!

Notícias de um sequestro

Todo crime fere a dignidade humana. Não vem ao caso dizer qual fere mais, qual fere menos. Nem seria esse meu papel. Mas não posso deixar de citar o sequestro como um crime bárbaro.

Não costumo assistir o Fantástico. Faz tempo que critico o conteúdo do programa e seus apresentadores, principalmente a Dona Poeta. Ontem, por acaso, assisti um trecho que mostrava uma matéria sobre sequestro. Achei forte – fiquei pensando no drama que as famílias das vítimas vivem. Sem contar, é claro, na angústia do sequestrado. Na realidade o programa exibiu uma matéria que reunia trechos do documentário Sequestro, do diretor Wolney Atalla. Ele acompanhou as negociações e todo trabalho da Divisão Anti-Sequestro, da Polícia Civil de São Paulo, por quatro anos.

O filme será lançado nesta semana no Festival de Cinema do Rio de Janeiro. Quando chegar em SP, vale a pena assistir.

Veja vídeo da matéria do Fantástico: http://www.youtube.com/watch?v=08j8lXdbK0c

18/09/2009

O ranking das mais bem vestidas

Por Bruna Leite

Divulgada no dia 16/09/2009, a famosa, mas já um tanto clichê, lista das mais bem vestidas da Revista People (http://www.peoplestylewatch.com/people/stylewatch/gallery/0,,20304597,00.html#20670782) não trouxe grandes novidades.

Kate Winslet foi condecorada a rainha do tapete vermelho, o que não é grande novidade, já que a atriz britânica é sempre muito esperada nos tapetes vermelhos, desde o estonteante vestido vermelho assinado por Ben De Lisi, usado por ela no Oscar de 2002.

Em tempos de crise econômica – calma, é só um gancho, deixo a economia com o Thomas - o estilo de Michele Obama colocou-a novamente na lista, dessa vez como o melhor e mais acessível glamour. Michele, além de disputar com Carla Bruni o posto de primeira dama mais cool e estilosa do momento, desfila roupas de variadas marcas como GAP e Narciso Rodriguez.
Há quem diga que a razão pela qual a lista das mais bem vestidas não surpreende, é fato de ser composta basicamente por celebridades, que tem a imagem como um dos, senão o maior ganha pão; logo, é uma obrigação estarem bem vestidas. Adepto desta tese é Perez Hilton, que postou esse pensamento no famoso blog que leva seu nome.
Não só para as listadas, mas também para os estilistas que vestiram, o ranking representa um trampolim em popularidade. Não que ambos serão elevados a ícones da moda, não, mas o apelo junto ao público se torna enorme, o que é sempre bom para os negócios. Quanto às leitoras da publicação, bem, essas terão que se contentar com a tentativa de alcançar o visual das bem vestidas e encontrar ocasiões para usá-lo, já que não é todo dia que se tem uma festa do Oscar ou um encontro presidencial, certo?

16/09/2009

O que pensa Marina Silva sobre economia internacional?

Por Thomas Humpert

Em se tratando de política, o fato mais relevante é, sem dúvida, a ascensão de Marina Silva nas pesquisas eleitorais. Na última pesquisa divulgada pelo CNT/Sensus Marina tem 5% das intenções de voto. O percentual é insignificante diante dos 40% de Serra. Porém, o que chama a atenção não é a força de nossa seringueira nas pesquisas, mas sim a quantidade de pessoas dispostas a elegê-la presidente sem a menor informação a respeito de que tipo de políticas seguirá.
A questão aqui não é ideológica. Nem poderia – Marina Silva ainda não se assumiu candidata e obviamente ainda não tem plano de governo. A questão importante é a incipiência do modelo democrático brasileiro. Restituída a democracia, passaram-se cinco eleições diretas e o voto do brasileiro ainda é personalista, baseado no carisma do candidato.
O presidente que assumir o posto em 2010 terá em suas mãos o que pode ser a última chance de tornar o Brasil um país desenvolvido. Os entraves históricos ao crescimento brasileiro – infra-estrutura, reformas fiscal e tributária e educação – devem ser sanados na velocidade que os outros países em desenvolvimento, capitaneados por China e Índia, exigem.
Ao que parece, 5% de todos os votantes estão dispostos a doar esse voto a uma pessoa cujo plano de governo é totalmente desconhecido. A questão ambiental é importante. Mas o que pensa Marina Silva sobre economia internacional? O que pensa Marina Silva sobre segurança nacional, sobre política monetária, política fiscal, educação, política tributária, política cambial, sobre relações exteriores? Quem serão seus ministros, e seus parceiros políticos? Ao que parece, para 5% dos brasileiros esses aspectos não são importantes.

O cerco fechou

A França aprovou de vez o projeto de lei que permite que o Estado suspenda o acesso à internet de quem faz downloads ilegais. O texto, que já havia sido aprovado pelos deputados, passou também pelo Senado. O Ministério da Cultura francês estimou que pelo menos que mil pessoas teriam suas conexões cortadas diariamente com a aprovação da lei anti-pirataria.

Não acho que as coisas devem se dar nesses termos. O download já é uma realidade para nós. E o preço dos CDs? DVDs? Aqui no Brasil, não compramos um CD qualquer por menos de R$ 30,00. E os filmes custam os seus R$ 40,00. O movimento anti-pirataria tem que nascer dos produtores de CDs e DVDs. Temos que baratear esse material. Senão não terá lei nenhuma que assegure o fim da anti-pirataria.

O que você acha?

12/09/2009

Coincidência?

Falei do blog do Lula numa das postagens anteriores. E não é que os nossos banners são parecidos???

Meu banner:

Banner do Lula:

09/09/2009

Marina no NYT

Por Bruna Leite

Na última semana, a senadora Marina Silva filiou-se oficialmente ao PV, após quase 30 anos de militância pelo PT. No evento ocorrido na cidade de São Paulo, Marina nada mencionou sobre a candidatura à presidência, mas é certo que a decisão de deixar o PT e a sua possível, quase eminente candidatura darão ensejo a muitas especulações e discussões nos próximos dias.

Em edição do sábado, 29 de agosto, o jornal norte-americano The New York Times (
http://www.nytimes.com/2009/08/29/world/americas/29silva.html?_r=1&scp=1&sq=%20marina%20silva&st=cse) trouxe a trajetória da “filha da Amazônia” desde os tempos de seringueira no Acre e da luta ao lado de Chico Mendes, até os dias atuais, nos quais ela vem abalando o cenário político brasileiro. Vale a pena ler.

08/09/2009

Choveu assim só em 1943


O que eu vi hoje foi uma São Paulo caótica. Muito caótica. Pareceu o fim do mundo. Aliás, estamos acostumados a viver num caos total. Perdemos horas no trânsito todos os dias, nos atrasamos com frequência, deixamos de fazer isto ou aquilo por causa da lentidão. De repente vi a minha cidade, às 10h, virar noite. Pensei seriamente em me mudar daqui. Será que quero isso para mim? Para os meus filhos? O último registro de uma chuva tão, mas tão forte assim foi em 1943.
Ando angustiada com a vida paulistana.

07/09/2009

Tragédia argentina em Rosário

Por Gonçalo Xavier

Mais uma vez deu Brasil. A tragédia parece mesmo fazer parte da história argentina. A seleção de Dunga mostrou-se muito superior à equipe comandada por Maradona, em um dos confrontos mais disputados do futebol mundial, no último sábado. Com dois gols de Luís Fabiano e outro de Luisão, e uma bela atuação de Kaká, o Brasil fez 3 a 1, silenciando o Gigante de Arroyito, em Rosário. Nossos hermanos dançaram um bom tango, a la Carlos Gardel.
O jogo começou com as duas equipes se respeitando, sem grandes lances que trouxessem perigo à equipe rival. Algumas jogadas de fundo da equipe argentina, e contra-ataques brasileiros. Eis que logo aos 23 minutos do primeiro tempo o zagueiro Luisão marcou de cabeça, após cobrança de falta de Elano. Os hermanos quase não tiveram tempo para sentir o gol brasileiro, já que Luis Fabiano, aos 30 minutos, fez 2 a 0. A torcida quedou-se ao surpreendente placar, e prevaleceu o silêncio no estádio.
O segundo tempo começou com pressão argentina. A seleção de Dunga ficou encurralada em seu campo, e a marcação era tão intensa que o Brasil sequer conseguia armar contra-ataques. A consequência dessa pressão não podia ser outra: aos 20 minutos, Dátalo acertou um lindo chute de fora da área, sem chances para Julio César. No entanto, durou pouco a alegria de nossos rivais. Mais especificamente 2 minutos. Aos 22, mais uma vez, Luís Fabiano marca, com uma perfeita assistência de Kaká, sepultando qualquer possibilidade de reação argentina.
E assim terminou o clássico, Brasil classificado para a Copa de 2010, e Argentina em 4º Lugar, em situação delicada nas Eliminatórias. Corre o risco de não ir pra Copa. Cabe aqui duas constatações importantes. A primeira, pela atuação de Kaká, que foi imprescindível para a vitória do Brasil, mostrando ser, de fato, um dos melhores jogadores do mundo, senão o melhor. A segunda, pelo individualismo de Luís Fabiano, firmando-se como o grande nome para o ataque do Brasil na Copa. Nada de Ronaldo, nem Adriano, o grande centroavante brasileiro de hoje é, sem dúvida, o Fabuloso.

05/09/2009

"Estou preparado para a morte", diz Alencar

A revista Veja fez uma entrevista com o nosso vice-presidente, José Alencar.

Li e me emocionei. Leia um trecho:

"Um dia desses me disseram que, ao morrer, iria encontrar meu pai, falecido há mais de cinquenta anos. Aquilo me emocionou profundamente. Se for para me encontrar com mamãe e papai, quero morrer agora"

Vale a pena acessar a íntegra. Vai lá: http://veja.abril.uol.com.br/090909/estou-preparado-morte-p-78.shtml

01/09/2009

Um benefício contraditório

Por Bruna Leite

Seja por meio do tratamento dispensado por outros indivíduos ou pelas condições subumanas de trabalho às quais se vêem obrigados a aceitar, a exclusão e preconceito relacionados aos imigrantes são fatos notórios na realidade brasileira. Basta considerar a quantidade de estrangeiros que vivem muitas vezes sem possuir ao menos uma carteira de identidade, documento sem o qual o exercício de direitos e garantias fundamentais se vê impedido.

Neste cenário de irregularidade, a exploração de mão-de-obra ilegal dos imigrantes é bastante frequente, compreendendo regimes trabalhistas que muitas vezes beiram à escravidão.
Diante da constatação destes fatos e a fim de que a situação de todo e qualquer estrangeiro que tenha ingressado em território nacional até o dia 01 de fevereiro de 2009 seja regularizada, o presidente Lula promulgou no último dia 2 de julho a Lei de Anistia Migratória.

Um avanço (em termos)

A leitura do texto indica uma veia humanitária a ser alcançada por meio da lei, já que os benefícios essenciais nela previstos - como a expedição de documento de identidade, que é o primeiro passo para o exercício da cidadania - se voltam a princípios como o da igualdade e dignidade da pessoa humana, ambos previstos na Constituição Federal de 1988 como garantias essenciais aos indivíduos.
O processo vem descrito na já mencionada lei e também no Decreto n° 6.893/09, que a regulamenta. De forma bastante sucinta, o procedimento compreende no comparecimento do imigrante ao Escritório Especial para Atendimento dos Pedidos da Lei de Anistia do Departamento de Polícia Federal (DPF), devendo, para tanto, pré-agendar a visita, o que só pode ser feito no sítio da DPF. Na ocasião do comparecimento, dentre outros documentos, o interessado deverá ter em mãos os comprovantes de pagamento das taxas de registro e de expedição da Carteira de Identidade do Estrangeiro (CIE) e o requerimento de registro provisório preenchido, disponível também somente no sítio da DPF.
Assim, é possível apontar, logo no início do procedimento, falhas do texto legal, já que o estrangeiro, que sequer possui documento de identidade ou condições dignas de sobrevivência e trabalho, dificilmente conseguirá acessar a internet para obter o formulário necessário – cuja redação é bastante técnica, de difícil compreensão até para aqueles que tenham o português como língua materna - ou mesmo arcar com as taxas exigidas para emissão do documento.
É evidente que a lei precisa de melhorias, mas só pelo fato de o texto ter sido promulgado, diversos setores da sociedade já estão se organizando para auxiliar os imigrantes neste início do processo. Os estrangeiros precisam de ajuda para viabilizar a regularização. Neste sentido, foi criado o Comitê Paulista para Imigrantes e Refugiados, onde essas organizações e instituições se reúnem para unir forças para efetivar o auxílio àqueles que necessitam. O texto legal prevê prazo de 04 de janeiro de 2010, após o qual não será possível pleitear a anistia migratória.

Informações úteis:

Sítio da Prefeitura de São Paulo, com informações sobre o Comitê Paulista para Imigrantes e Refugiados

http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=28087 e
http://www2.prefeitura.sp.gov.br/cidadania/cmdh/0192.

Sítio do Planalto com Íntegra da Lei n° 11.961/09
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11961.htm e do Decreto n° 6.893/09 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6893.htm

Olha a comunicação partidária aí gente!

O Blog do Planalto (digo, do Lula) está no ar desde o começo da semana. O que isso significa? Muita coisa. Primeiro amplia a interatividade entre eleitor e presidente. Depois, fortifica o PT para as eleições de 2010. E quando falamos em Lula, não podemos deixar de lado que ele é um grande comunicador que fala para as elites, é claro, mas que nunca deixa de se dirigir às massas. Vale a pena entrar e ver que o Planalto montou uma equipe e tanto para comandar o blog. Tem fotos, áudios, vídeos, mensagens de Lula, textos variados. Só não pode comentar as postagens. Estranho, não é?

Vai lá:
http://blog.planalto.gov.br/

Claro que o PSDB não deixaria isso barato e logo lançou a TV Tucana. O eleitor pode encontrar entrevistas ao vivo e chats no portal.

Vai lá:
www.tucano.org.br

Vamos ver quem se dá melhor nessa batalha da interatividade.

30/08/2009

Uma crítica ao desenvolvimentismo

"Crescer por crescer tem suas consequências"

Por Thomas Humpert

A semana que passou mostrou a falta de sensibilidade econômica que domina o alto escalão do governo. No seminário de comemoração aos 40 anos do caderno de economia do jornal O Globo, o ministro da Fazenda Guido Mantega louvou o crescimento descontrolado da época dos militares; o milagre econômico. Em suas palavras: “Tenho elogio a fazer ao Milagre, mesmo ele tendo gerado desequilíbrios. É melhor crescer com desequilíbrios do que não crescer”.
Nas décadas de 60 e 70 o governo militar fez o País crescer a uma taxa média de 7%. Longe de sustentável, esse crescimento trouxe consigo a escalada desordenada da inflação e suas consequências. Para impedir que a inflação corroesse o crescimento real do país, o governo militar criou um artifício que fazia com que a economia se tornasse quase neutra ao processo inflacionário: a indexação. Segundo esse mecanismo, a inflação passada reajustava os principais preços da economia, criando um ciclo vicioso inflacionário.
O resultado a longo prazo desse processo foi um período de hiperinflação e consequente instabilidade macroeconômica. A instabilidade gerou queda na atividade econômica, queda na confiança dos empresários com relação ao futuro (que se traduz em menos investimento privado), e diminuição do investimento externo.
Já a escalada da inflação gerou o imposto inflacionário. Esse imposto incide principalmente sobre os mais pobres, que têm uma parcela menor de sua renda aplicada, que é corrigida pela inflação. O resultado é uma diminuição da renda real disponível dessa camada da população e aumento da desigualdade social.
Guido Mantega é de uma corrente que dominou o pensamento econômico brasileiro por muito tempo e parece não se renovar. O desenvolvimentismo prega o crescimento pelo crescimento, independente das consequências. Como se sabe, entretanto, as consequências são duras. Enquanto o pensamento econômico no governo não se renovar, o Brasil não crescerá de maneira sustentável e segura.

29/08/2009

Dica de blog

A urbanista Raquel Rolnik, professora da FAU-USP, lançou o seu blog. Vale a pena incluir entre os sites favoritos. Para quem gosta de pensar São Paulo e o Brasil em termos da arquitetura (ou até para quem desconhece a importância do diálogo entre uma construção e o contexto urbano).

Ela manda muito bem e os textos do blog são bem completinhos.

Vai lá:
http://raquelrolnik.wordpress.com/

25/08/2009

Uma investigação ética sobre a atuação do direito como transformador moral na sociedade


Por Gonçalo Xavier


A relação entre direito, moral e ética é um dos temas mais polêmicos no estudo da filosofia do direito. E essa relação torna-se mais viva em nossa realidade quando a criação de novas leis acabam por impor mudanças ao comportamento do indivíduo dentro da sociedade, como o que ocorreu com a recente lei antifumo.
Para uma melhor compreensão do tema, é importante definir os conceitos de moral e ética. Com base nos ensinamentos do filósofo espanhol Adolfo Sánchez Vázquez, pode-se dizer que a moral é um sistema de normas, princípios e valores, que regulamentam as relações dos indivíduos em sociedade, de forma que estas normas, de caráter histórico e social, sejam obedecidas de forma livre e consciente, por convicção e não por imposição externa. Apesar de o sentido etimológico da palavra ética (ethos) revelar algo como “caráter”, ou “modo de ser”, ele é insuficiente para sua compreensão. Define-se ética como a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Sua função é encontrar a essência de seu objeto - a moral. Assim, pode-se inferir desse conceito que a moral é a prática; já a ética, é a reflexão, a investigação.
Muitos confundem direito e moral, imaginando que ambos são a mesma coisa. Não há dúvidas de que se relacionam. Graficamente, como expôs Miguel Reale, sua relação se representa por dois círculos secantes, isto é, que se cruzam até determinado ponto.



Em comum, pode-se dizer, por exemplo, que direito e moral são bilaterais, ou seja, os sujeitos de uma relação ficam autorizados a pretender, exigir, ou a fazer, garantidamente, algo; agora não há que se falar em coercibilidade na moral, diferentemente do direito.
Algumas leis, ao ingressar no ordenamento jurídico, acabam por alterar o comportamento moral dos homens em sociedade. Todos já notaram a mudança de postura das pessoas, fumantes e não-fumantes, com a nova lei antifumo. Muitos até já falam em parar de fumar.
Apesar de a lei ser formalmente discutível, já que é de competência exclusiva da União legislar sobre o tema, vê-se que no trabalho, na universidade, nos bares, baladas, é notória a modificação de atitude: só se vê fumantes em áreas abertas, exatamente como prevê o texto da lei. E essa mudança, apesar de vir pelo exterior, por imposição e coerção, acabou por, a posteriori, mudar a convicção interna do sujeito a quem esta norma incide.
Este é, sem dúvida, um dos mais nobres objetivos do direito: servir de instrumento de modificação do homem em sociedade, sendo capaz de gerar uma reflexão ética sobre as leis morais na sociedade.

23/08/2009

Pé na estrada - Diário de viagem - Deserto do Atacama (Chile)

por Marília Lopes

1º dia

No dia 12 de julho iniciei uma experiência inesquecível: uma viagem a San Pedro de Atacama, povoado próximo ao deserto mais árido do mundo. Por volta das dez da noite, eu e minha irmã Priscilla desembarcamos no Aeroporto Internacional de Calama e tomamos um transfer para chegar a San Pedro. No percurso, o céu mais estrelado que já vi e uma lua super brilhante eram nosso únicos referencias em uma estradinha sem movimento algum. Ficamos hospedadas em um hotel bem rústico, que segue o padrão arquitetônico do local.

2º dia

Igrejinha da cidade

No dia seguinte, passeamos pelas ruas de terra de San Pedro, um povoado de aproximadamente 3 mil habitantes. O sol brilhou todo o dia e a temperatura estava amena. Nosso primeiro passeio começou à tarde, quando vimos o pôr do sol no Valle de la Luna. Simplesmente maravilhoso.

Solmáforo indicava que o dia estava no grau médio

Depois de completar um dia de viagem percebi que o que aprendi na escola, que no deserto a temperatura durante o dia é de 40º graus e a noite passa de -20º , não era verdade (pelo menos no Atacama).

3º dia


Logo cedo saímos do hotel rumo ao Salar de Atacama, Laguna Chaxa e depois as lagunas Altiplánicas, que ficam a 4.200 metros de altitude. Já na primeira parada, minha irmã já sentia os efeitos de estar no deserto, seu nariz começou a sangrar por causa do tempo seco. Na Laguna, fiquei pertinho dos flamingos. Quando chegamos às lagunas, tivemos uma surpresa: estava nevando, o que é super raro lá.

4º dia

Laguna Cejar

Com a chegada de um casal de amigos, nosso grupo ficou maior. A programação do dia era ir para a laguna Cejar, que tem uma concentração de sal igual a do Mar Morto. Apesar do vento e do frio, decidi entrar na laguna. É uma sensação muito estranha, pois no inverno, a parte mais próxima a superfície é fria e para baixo fica quente.

5º dia

Assistimos a uma procissão, por conta do feriado chileno em comemoração ao Dia da Virgen del Carmen. E já nos preparavamos psicologicamente para o passeio mais trash da viagem: Geysers del Tatio.

6º dia

Eu e os Geysers

As quatro da manha da sexta-feira, acordei. Comecei a me vestir para o passeio, depois de duas meias calcas, duas meias, uma calca legging, uma calca jeans, segunda pele, duas blusas de lã, um casado grosso, luva, cachecol e gorro, eu podia dizer que estava pronta. A recomendação era não comer nada antes de ir porque o caminho costumava deixar as pessoas enjoadas. (Obedeci, é claro).
Só o caminho já vale a pena. O céu estava mais estrelado do que no dia em que chegamos. E por estarmos no meio do nada, para todo lado que olhava via estrelados até chegar a linha do horizonte. Quando chegamos o dia amanhecia e a temperatura era de -10º graus, numa altitude de mais de 4 mil metros. Os Geysers são formados quando rios gelados subterrâneos entram em contato com rochas quentes. A água entra em ebulicao e saem jatos de vapor que alcançam uns 15 metros de altura. Mesmo com essa explicação cientifica, o que posso dizer é que os Geysers não tem muita explicação. São mágicos e só quem já foi lá consegue entender o que é. Mas é um passeio que exige bastante do corpo. Não tínhamos que fazer grandes caminhadas, mas em um grupo com mais cinco amigos, quatro pessoas passaram mal por conta da altitude, do caminho, da temperatura ou talvez por tudo isso junto.
Depois dos Geysers, fui às termas de Puritama, afinal precisava de algo bem quentinho pela tarde, depois do frio da manha. Lá relaxei e fechei com chave de ouro minha aventura pelo Atacama. A noite, chegou a hora de novamente encarar a estradinha vazia rumo ao aeroporto.

21/08/2009

Uma eleição e dois eleitos (???)

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, e seu principal desafiante nas eleições, Abdullah Abdullah, se posicionaram hoje como vencedores nas eleições presidenciais, um dia após milhões de afegãos terem comparecido às urnas. As declarações antecipadas feitas por Karzai e Abdullah são uma tentativa de vencer o jogo das expectativas, mas funcionários da Comissão Eleitoral Independente disseram hoje que é muito cedo para qualquer grupo proclamar vitória.

Aqui estão alguns flashes das eleições no Afeganistão:

1. Violência torna eleições no Afeganistão um desafio
2. Mulheres votam em locais separados dos homens
3. Cédula mostra os 31 candidatos na disputa

19/08/2009

Adotei um leão

Dobra pra lá, dobra pra cá

Descobri um blog diferente (http://desdobrei.blogspot.com) e que tem uma proposta muito, mas muito criativa. É o seguinte: Tico é um cara que adora fazer origamis. Não importa o papel (e quão difícil seja para moldá-lo), mas dobrar virou quase que um vício para este importador de bebidas. Ele faz sapo, gato, girafa, porquinhos, rinocerontes, corujas, robô, caminhão, estrela do mar. Tudo de papel. E ainda coloca seus origamis para adoção. Toda sexta-feira tem uma fornada nova pronta para ser adotada (sim, é como se as dobraduras saíssem do forno). Você escolhe o bichinho de sua preferência e entra numa disputa com outras pessoas para ver quem leva o origami para casa. Eu levei o leão. O mais legal é que Tico envia o bichinho adotado até a sua casa (e sem custo nenhum!). A moda pegou e hoje tem origami do Tico pelo Brasil inteiro.

Confira uma conversinha que tive com Tico, onde ele me explica da onde veio a ideia de organizar a adoção de origamis.

blog minhaescrivaninha: Quem te ensinou a fazer origami? E qual é o seu origami preferido?
Tico:
Aprendi a dobrar papel com um grande amigo japonês, o Ishi-San, lá nos idos de 1980. O amigo se foi, ficou o origami e o budismo como brinde. Hoje, os origamis criados pelo Komatsu-San são os que me fascinam mais. Não pela sua complexidade e dificuldade, mas por suas formas geométricas mais estilizadas. Mas, como sempre digo, dobramos qualquer negócio!

blog minhaescrivaninha: Qual é a sua profissão?
Tico: Sou formado em Comércio Exterior e especializado na importação de destilados. Já passei pelo turismo e pela produção gráfica. Hoje, caminho pelo marketing, mas minha vontade mesmo é abrir uma portinha na Vila Madalena para fazer comida tailandesa.

blog minhaescrivaninha: Que mensagem você quer passar com estas “adoções” pelo Brasil afora?
Tico:
Sabe que não pensei em nada nesse sentido quando resolvi doar meus origamis? Nem pensei que teria um retorno tão grande. Posso pensar enquanto dobro o próximo origami que vai entrar na próxima leva de adoção, pode ser?

18/08/2009

Só para não deixar de falar no Sarney...

Tem um site engraçado para caramba que registra o seu pedido de emprego ao presidente do Senado, José Sarney. Funciona assim: você pede um emprego para Sarney e seu pedido fica registrado lá. Veja algumas respostas:

“Meu querido Sarneynto, sou um profissional degustador cervejas, gostaria de lhe assessorar nesse sentido”

“I work for food”

“Oi, lembra de mim? Eu sou filho do tio do irmão do vizinho do primo( de segundo grau) da tia da prima do namorado da sua neta :) me emprega?"

http://www.sarneyjobs.com.br/

16/08/2009

Para quem só vai ao Cinemark, tente o Gemini

Chega de shoppings, filas quilométricas para o estacionamento, cinemas lotados (e caríssimos). Deixar de ir aos cinemas de grandes shopping centers é um ato de libertação, acredite! Para quem já se acostumou ao Cinemark com suas salas bacanérrimas e filmes hollywoodianos, tente ir a um cinema de rua. Eu já aderi ao cinemas menores, mais aconchegantes e que passam filmes europeus (tem americano também, é claro). Mas cinemas de ruas, como o Gemini, valem também pelo passeio. Você entra numa sala antigona, com um carpete lá dos anos 70 e cadeirinhas de couro colorido (azul ou vermelho). Para pagar, nada de cartão de crédito. Não tem cadeira marcada e o ticket do filme é quase como um comprovante das rifas da vovó. Ah, vale dizer ainda que tem docinho de cortesia para os espectadores. Os atendentes são gentis e o público que de lá é bem tranquilo (nada de criança chorando na sala ou uma turma de aborrecentes). Depois de assistir ao filme, dá para fazer uma caminhada pela Avenida Paulista. Quer programa melhor que esse?

Dica: Tente cinemas como Reserva Cultural, HSBC Belas Artes, Cine Bombril e Espaço Unibanco - fica tudo na região da Paulista e redondezas.

Ela aquece o clima


Por Bruna Leite

Com movimentos favoráveis já organizados na internet, a senadora Marina Silva (PT-AC) foi oficialmente convidada a concorrer à presidência nas eleições de 2010 pelo Partido Verde (PV). No entanto, o que significa essa candidatura e qual a real expressividade nas urnas que ex-ministra do Meio Ambiente terá em relação às Dilmas e Aécios das grandes alianças partidárias?
Alfabetizada na adolescência em Rio Branco – Breu Velho, região onde nasceu, não possuía escolas - Maria Osmarina Silva de Lima sempre se preocupou com as questões ambientais, uma vez que a floresta representa importante papel em sua vida. Na Universidade Federal do Acre, integrou grupos de oposição ao regime militar, mas foi ao lado do seringueiro e ícone do ambientalismo brasileiro, Chico Mendes, que esta mãe de quarto filhos iniciou sua carreira política, cujo auge se deu no Ministério do Meio Ambiente no período de janeiro de 2003 a maio 2008. A carta de demissão da Esplanada dos Ministérios veio após dificuldades pretensamente causadas por outros setores do governo – cinco dias antes, o Presidente tinha delegado ao ministro Mangabeira Unger a administração do Plano Amazônia Sustentável (PAS) - e consequente falta de apoio à política ambiental.
Tem-se, assim, que a candidatura da ex-seringueira não representa apenas mais uma peça ao jogo político rumo à Brasília. Serão e já estão sendo trazidas à tona questões de cunho sócio-ambientais da maior importância, como a sustentabilidade do desenvolvimento para o progresso do país e a necessidade de uma exploração com parcimônia, em respeito aos limites impostos pelas riquezas naturais. Ainda, o fato de ser uma mulher de origem muito humilde e ter alcançado grande reconhecimento nacional e internacional pelo trabalho realizado em prol do meio ambiente, tornam-na uma candidata com grande apelo ao eleitorado.


Marina representa o otimismo, a utopia e pode trazer algo inovador para a democracia brasileira.
De fato, o cenário político, caso Marina aceite ser candidata, será bem diferente do dualismo PT x PSDB idealizado há alguns meses pelas lideranças partidárias. Promessa de disputa e de uma eleição mais justa, sob o prisma dos possíveis elegíveis que farão com que os brasileiros tenham maior oportunidade de escolha.
Marina Silva terá uma árdua tarefa pela frente. Sua candidatura é uma “antincandidatura”, já que os elementos internos e externos concluem por sua inviabilidade, ainda que venha como um sopro de ar puro ao atual cenário político, afastando o dualismo idealizado pelas lideranças partidárias. Marina possui um algo a mais, que faz com que sua presença na corrida política seja vista aquém de questões como apoio a antigos inimigos políticos e cargos comissionados a familiares, questões estas tão presentes na atual crise que assola a política brasileira.
Mas antes de tudo, cabe a ela aceitar formalmente o convite em tempo hábil, pois 3 de outubro é data até a qual os candidatos a cargos eletivos nas eleições de 2010 devem estar com a filiação deferida no âmbito partidário.

13/08/2009

Aqui estão eles: O quarteto

Para dar mais dinâmica ao blog, convidei quatro amigos para bagunçarem ainda mais a minha escrivaninha. Tenho certeza de que, cada um da sua forma, vai acrescentar muita coisa boa aqui. Sejam todos bem-vindos!

Bruna Leite

22 anos - estudante de Direito

Na minha escrivaninha tem que ter ... "uma pilha daqueles postais de bar, todos escolhidos meticulosamente por um critério que nem sei ao certo qual é"

Gonçalo Xavier

22 anos - estudante de Direito e Filosofia

Na minha escrivaninha tem que ter ... "textos claros, com idéias novas, nada de senso-comum. A informação passada deve se ater à veracidade, sempre com abertura ao diálogo"



Marília Lopes

21 anos - estudante de Jornalismo

Na minha escrivaninha tem que ter ... "criatividade e disposição para escrever"


Thomas Humpert

22 anos - administrador de empresas

Na minha escrivaninha tem que ter ... "bagunça indelével"

Sinais de hipocrisia


Por Thomas Humpert

Talvez o paper de maior repercussão na teoria e prática econômica moderna, “What Washington Means by Policy Reform” de John Williamson (1990) foi interpretado como panacéia para os problemas da América Latina. Base para as idéias do Consenso de Washington*, o artigo elencou 10 reformas necessárias para superar a estagnação por que passavam os países latinos àquela época. Em meio a mudanças que hoje são (ou deveriam ser) consensuais, como privatização de empresas estatais e disciplina fiscal, Williamson propôs – e as economias latino-americanas instituíram – a liberalização das importações.

O embasamento teórico subjacente à idéia de adoção do livre-comércio data do século XIX, com a publicação da teoria da vantagem comparativa de David Ricardo. O conceito é simples: os países devem se especializar na produção de bens e produtos em que têm uma vantagem comparativa sobre as outras economias. Ao liberar o comércio, as economias se beneficiariam tanto ao importar bens mais baratos, como ao exportar a um mercado consumidor maior.

Os Estados Unidos sempre foram tidos como maiores defensores da política do livre-comércio. Pelo menos até o estouro da crise. Para proteger a indústria nacional, o governo Obama aprovou uma cláusula que determina que todo o aço e ferro utilizados em projetos de infra-estrutura financiados pelo pacote de estímulo fiscal sejam americanos. A medida nacionalista ‘buy American’ mostrou claramente a hipocrisia por trás da defesa do liberalismo comercial.

Ao reavivar o protecionismo econômico, os EUA se contradizem. Para superar a crise de 1994, o governo americano, por meio do FMI, obrigou os países latinos a liberalizar o comércio e abrir seus mercados à competição internacional. Já os Estados Unidos, em cenário parecido, optaram por fechar seu comércio e proteger sua indústria, muito mais desenvolvida e apta a enfrentar a competição global do que a latino-americana de meados da década de 90.

Economistas não ortodoxos vem há tempos mostrando a contradição entre o discurso norte-americano pró liberalismo e a adoção de barreiras comerciais e subsídios agrícolas pelos Estados Unidos. Essa divergência, entretanto, nunca se mostrou tão clara quanto agora. Talvez seja esse o sinal para mudar a condução da política econômica brasileira para um protecionismo dinâmico, visando o desenvolvimento da indústria nacional. Melhor, porém, esperar até 2010 para garantir que não retornemos ao anacrônico modelo de Substituição de Importações.

*conjunto de políticas que norteia a economia dos países latino-americanos desde a década de 90.

I do believe

Leio o horóscopo todos os dias porque leio o jornal todos os dias. Acredito naquilo que gosto e deixo passar aquilo que não me agrada. Assumo: sou conveniente com esse tipo de coisa. Acontece que, em meio a tantas perguntas sobre minha vida pessoal, recorri a um tal tarô virtual (www.osho.com). Não cabe aqui detalhar a minha experiência. Só posso dizer que funciona. As interpretações das cartas são amplas e, se você mentalizar direitinho a sua questão, dá certo.

Para os céticos, uma boa pedida. Testei e aprovei.

Como fazer sua consulta?
Entre no site
www.osho.com
Escolha a opção “Português” e “Zen Tarô”
Mentalize sua pergunta e clique em “Tente uma carta”

11/08/2009

A Casa caiu para a Universal

A Justiça abriu ação criminal contra Edir Macedo e outros nove integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus sob a acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O Ministério Público de São Paulo acusa Edir Macedo de há cerca de 10 anos se utilizar da Igreja Universal para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e de inúmeros fiéis. Sim, alguma hora a casa ia cair para a Universal. Não estou julgando a religião em si, mas não podemos negar que é estranho pedir o dízimo a cada cinco minutos em um culto. Depois da Igreja Renascer, agora quem vai precisar de bons advogados é a Universal...

Dica de música

Quem ouve a OI FM (94,1 FM) deve conhecer música “Begging you”, da dupla norueguesa Madcon.É uma mistura de rock, com soul e não sei mais o quê. Só sei que o resultado é ótimo.
Veja o clipe:
www.youtube.com/watch?v=rN019oecsEg

10/08/2009

Eis o nosso Senado


Para quem não acompanhou de perto os bate-bocas no Senado, aqui estão os melhores momentos:

1º round:

“Vossa excelência foi lá na China e fez o acordo com o Collor. Foi dos homens que estiveram com o Collor. (...) Depois, na véspera do Collor ser cassado, vossa excelência largou o Collor. Tchau, tchau!”
Pedro Simon, senador, se dirigindo a Renan Calheiros.

“Só lamento que o esporte preferido de vossa excelência, nos últimos 35 anos, tenha sido falar mal de Sarney”
Renan, respondendo a Simon.

“São palavras que eu não aceito, e que quero o senhor as engula e as digira como julgar conveniente”
Fernando Collor de Mello, ex-presidente e atual senador por Alagoas.

2º round:

“Senador Renan, não aponte esse dedo sujo para cima mim”
Tasso Jereissati, senador, após ouvir de Renan que ele fazia parte de uma “minoria com complexo de maioria”.

“O dedo sujo, infelizmente é o de vossa excelência, são os dedos dos jatinhos que o Senado pagou”
Renan dispara contra Tasso.

“Pelo menos, era com o meu dinheiro, o jato é meu. Não é do que o senhor anda, dos seus empreiteiros. O dinheiro é meu, é meu, é meu”
Tasso rebate e Renan começa a se irritar.

“Seu coronel de merda! Me respeite!”
Renan cuida do grand finale.

Para quem gosta de acompanhar tudo o que acontece em Brasília, acesse o Blog do Noblat. Ele atualiza o blog a cada minuto e quase sempre mostra a notícia antes que outros sites.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

13/07/2009

06/07/2009

Are you happy?

Você sabia que a felicidade pode ser medida? Pois é, por mais que alguns sentimentos sejam imensuráveis, um grupo independente britânico criou o Happy Planet Index (HPI) para medir a felicidade dos países.

Sabe qual é o país mais feliz do mundo?

Costa Rica!


O Brasil não ficou muito atrás na disputa. Ele está na 9ª posição, num ranking de 143 países.

Estamos bem, não é? O índice é o resultado da combinação das medidas da situação ecológica com o grau de satisfação de seus habitantes.


Obama na Rússia: Como será o tão esperado encontro?

De um lado, os EUA com Barack Obama. Do outro, a Rússia com Dmitri Medvedev. Países rivais e ideologias opostas. Será que existe, de fato, essa dicotomia?
De toda forma, o encontro entre Obama e Medvedev é tenso.

Tanto é que no seu blog o líder rusos já disparou: "É necessário reconhecer que, nos últimos anos, as relações entre os nossos dois países efetivamente degradaram-se (...) quase recuaram ao nível da guerra fria".

04/07/2009

Tenho vergonha


Um caso que revolta qualque cidadão:

Em estado grave, Manuela Costa, de 29 anos, teve sua internação recusada no hospital Miguel, no Rio de Janeiro. Grávida de nove meses, ela já estava em trabalho de parto. No entanto, o obstetra de plantão rabiscou no braço de Manuela o nome da maternidade que ela deveria procurar e a linha de ônibus que utilizaria até chegar lá.


Ela perdeu o bebê.

Efeitos de uma pandemia

Depois da gripe aviária, eis que chega a suína. México, milhares de infectados, Estados Unidos, outros milhares de infectados, mortes.
Aqui, nossos jornais imprimiam a ideia de que o vírus A(H1N1) estava longe demais para nos atingir. Mas o inverno chegou e, com ele, mais chances de se contrair a doença.
No hemisfério norte: calor. Por aqui: frio. Não demoraria para a OMS declarar pandemia da gripe. E ela o fez no dia 11 de junho.
Argentina e Chile anunciam novos casos e, infelizmente, mortes. A gripe suína não era brincadeira. Crise diplomática entre o Brasil e o Chile já que o nosso ministro da Saúde, o Temporão, foi claro: “Evite viagens, o negócio é serio”. A Bachelet não entendeu a recomendação. Para ela 7 mil casos da gripe em uma cidade como Santiago não ofereceria perigo. Enquanto isso o Rio Grande do Sul era invadido por novas transmissões. Nos aeroportos, máscaras. Nas nossas consciências, a força incalculável de uma pandemia.

23/06/2009

Pela regulamentação do jornalismo

E se o senhor Gilmar Mendes acha que comparar jornalista a chef é um bom exemplo a ser dado, ele que espere até ver a qualidade da informação em alguns anos. Uma pessoa que não estuda a mídia não tem como entender o que acontece nos meios de comunicação. Pode participar, claro, seja como colunista ou fonte para entrevistas. Jamais escrevendo reportagens ou editando. Se os cursos de jornalismo são fracos, esta é a hora de repensá-los. Agora isso não implica na aprovação maluca do fim do diploma para se trabalhar na área. É um desrespeito à profissão.Foi uma vingança pessoal do Gilmar a uma raça que ele, pessoalmente, odeia.

Uma casa da mãe Joana (ou do pai Sarney)

José Sarney emprega familiares, conhecidos, amigos e compadres no Senado. Quando tinham divulgado a contratação de um motorista por R$ 12 mil (não menosprezando a profissão, é claro) e que um funcionário da Fundação José Sarney receber salário pelo Senado (algo como R$ 3 mil), eis que chegam os atos secretos.

Pronto, aí foi um carnaval. No total, 663 atos secretos no Senado editados desde 1995. Tudo assinado, mas nada publicado oficialmente. Todo mundo querendo esconder as baixarias que cometia na Casa. Até políticos bacanas entraram nessa, como Suplicy e Gabeira. Ups, pegou mal!

E como no Brasil tudo acaba em pizza, veja agora a seguinte notícia nos portais:

"Apenas um dos 663 atos secretos será anulado"

14/06/2009

Poema da semana - Cecília Meireles

Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.